EUA Aumenta Recompensa pela Captura de Nicolás Maduro e Impõe Novas Sanções
EUA Impõem Novas Sanções a Oficiais Venezuelanos Durante Posse de Maduro
Caracas — Os Estados Unidos anunciaram novas sanções nesta sexta-feira contra oito altos funcionários do governo venezuelano, além de aumentar a recompensa pela captura do Presidente Nicolás Maduro para 25 milhões de dólares, coincidindo com sua posse para um terceiro mandato após eleições contestadas realizadas no ano passado.
A administração Biden tem intensificado as medidas contra o regime de Maduro desde a controversa eleição de julho, que tanto o partido governista socialista quanto a oposição afirmam ter vencido.
Entre os novos sancionados estão Hector Obregon, recentemente nomeado chefe da PDVSA, a estatal de petróleo da Venezuela, e Ramon Velasquez, ministro dos Transportes. As sanções americanas foram anunciadas em sintonia com medidas semelhantes impostas pelo Reino Unido e pela União Europeia.
Maduro e sua administração rejeitam as sanções internacionais, argumentando que representam uma "guerra econômica" ilegítima projetada para desestabilizar o país. Ele e seus aliados exaltam a resiliência da Venezuela diante das adversidades, apesar de frequentemente atribuírem a escassez e a crise econômica às sanções estrangeiras.
Eleições Contestadas e Ameaças à Oposição
As autoridades eleitorais e o Supremo Tribunal venezuelanos declararam Maduro vitorioso nas eleições presidenciais, mas sem fornecer detalhes claros sobre os resultados. O governo acusa a oposição de conspirar contra ele, prometendo prender o candidato oposicionista Edmundo Gonzalez, caso retorne do exílio. Gonzalez, apoiado pelos EUA e outros governos, é reconhecido por muitos como o vencedor legítimo.
Além disso, líderes e ativistas da oposição foram detidos antes da posse presidencial. Observadores internacionais descreveram o processo eleitoral como injusto, e a oposição divulgou contagens próprias apontando a vitória de Gonzalez, de 75 anos.
Aumentam as Pressões Contra Maduro
Maduro, no poder desde 2013, enfrenta acusações de tráfico de drogas nos EUA, onde a recompensa por sua captura subiu de 15 para 25 milhões de dólares. Apesar da pressão de sucessivas administrações americanas, ele mantém o controle do país graças ao apoio das forças armadas e de aliados internacionais como China, Rússia e Irã.
Essas novas sanções surgem poucos dias antes da transição de poder nos Estados Unidos, onde o presidente Joe Biden será sucedido por Donald Trump em 20 de janeiro. A breve detenção da líder opositora Maria Corina Machado, após uma manifestação em Caracas, reforça o clima de tensão política na Venezuela.
