Polícia Investiga Disparos na Casa de Assessor de Venâncio Mondlane

A Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou que está a investigar disparos efetuados na residência de Dinis Tivane, assessor do ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane. O incidente ocorreu na madrugada de 22 de fevereiro, porém, segundo o porta-voz da PRM, Leonel Muchina, ainda não foi registrada uma queixa formal da vítima.

Polícia Investiga Disparos na Casa de Assessor de Venâncio Mondlane

Os disparos foram efetuados na garagem da casa de Tivane enquanto ele estava fora do país por motivos pessoais.
"A polícia está a investigar. Recebemos informações sobre o caso e estamos a trabalhar para esclarecê-lo. Embora ainda não tenhamos um relato formal da vítima, isso não impede a nossa atuação", declarou Muchina em entrevista telefônica.
Vizinhos relataram ter ouvido os tiros e afirmaram ter visto suspeitos fugindo do local a bordo de uma caminhonete Toyota Hilux.

Dinis Tivane, que é um dos aliados mais próximos de Mondlane, acredita que o ataque teve motivação política, ligando o episódio ao contexto de repressão contra protestos populares.
"Acredito que foram cerca de 50 tiros. Este é o tipo de resposta que enfrentamos quando cidadãos exercem o seu direito constitucional de protestar em um sistema democrático", declarou Tivane.
O incidente ocorre num momento de crescente tensão política no país, com manifestações e bloqueios constantes em várias regiões. Tivane também relatou, em publicações nas redes sociais, que sua casa tem sido alvo de visitas suspeitas.

No início de fevereiro, um segurança que estava de serviço na residência de Tivane foi baleado por desconhecidos durante a noite. Até o momento, o caso segue sem solução.

Recentemente, Venâncio Mondlane apresentou uma queixa ao Ministério Público denunciando o assassinato de apoiadores de sua campanha e listando mais de 390 vítimas. Entre os casos mais notórios estão os assassinatos de seu advogado, Elvino Dias, e do agente eleitoral Paulo Guambe, do partido PODEMOS. Ambos foram mortos a tiros no centro de Maputo em 19 de outubro, e até o momento as autoridades não identificaram os responsáveis pelos crimes.
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