Onda de vandalismo em Inhambane faz comerciantes fecharem lojas e demitirem funcionários
Comerciantes Fecham Lojas em Inhambane Devido a Vandalismo
A onda de violência que afeta diversos distritos da província de Inhambane tem levado os comerciantes a fecharem seus estabelecimentos, uma medida tomada em resposta aos protestos contra o aumento do custo de vida. A insegurança resultante dos ataques aos bens comerciais, como saques e destruições, tem gerado receio entre os agentes económicos.
Nos últimos dias, vários distritos, incluindo Govuro, Homoíne, Inharrime, Morrumbene, Massinga, Jangamo e Maxixe, foram palco de manifestações violentas. As lojas, infraestruturas públicas e até a sede distrital da FRELIMO em Maxixe foram alvos de ataques. Em Govuro, muitos comerciantes, temendo mais danos, venderam seus produtos a preços exigidos pelos manifestantes antes de fecharem as portas e abandonarem a área.
Com a saída de vários empresários, o comércio de produtos essenciais passou a depender principalmente dos pequenos vendedores. Entretanto, as dificuldades logísticas dificultam o abastecimento adequado, e a oferta não consegue atender à crescente demanda, o que tem gerado um clima de incerteza entre a população.
A situação é particularmente crítica em Homoíne, onde os comerciantes vendem a preços ditados pelos manifestantes, mas estão considerando fechar seus estabelecimentos devido aos riscos. Em Massinga, os protestos chegaram a interromper o tráfego na EN1, com lojistas bloqueando a estrada em resposta aos ataques aos seus negócios. O governador da província foi chamado para mediar a situação e acalmar os ânimos.
Além das lojas fechadas, a crise tem causado demissões em massa, deixando centenas de famílias sem sustento, o que agrava a já difícil situação social na região. O impacto dos protestos também foi sentido pelos motoristas, que enfrentaram longas interrupções devido aos bloqueios, resultando em prejuízos financeiros para os transportadores.
Apesar das tensões em várias áreas, os distritos de Mabote, Vilankulo, Inhambane e Funhalouro continuam com a rotina normal, sem registros de vandalismo ou distúrbios públicos.
