Crise na LAM: Voos internacionais suspensos após prejuízo de USD 21 milhões
LAM suspende voos internacionais após prejuízo de USD 21 milhões
A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) anunciou a suspensão de seus voos internacionais para Lisboa e das rotas regionais para Harare e Lusaca, como parte de um plano de reestruturação após acumular prejuízos de USD 21 milhões. A decisão foi comunicada pelo porta-voz da companhia, Alfredo Cossa, em uma conferência de imprensa realizada na terça-feira em Maputo.
A suspensão das rotas internacionais e regionais deve-se à inviabilidade financeira das operações. Apenas nas rotas Maputo-Harare e Maputo-Lusaca, a LAM registrou um prejuízo de USD 307 mil. A companhia também está avaliando a continuidade dos voos na rota Maputo-Cidade do Cabo, com base na viabilidade financeira, na demanda e na rentabilidade das operações.
Segundo Cossa, a medida visa reestruturar a empresa e melhorar suas receitas, priorizando as rotas domésticas mais rentáveis. “A suspensão das rotas internacionais resulta da determinação da LAM em implementar uma nova dinâmica nos negócios, com o objetivo de melhorar a rentabilidade e a eficiência da gestão”, explicou.
A reestruturação ocorre em um contexto de dificuldades financeiras contínuas para a LAM, agravadas pelo aumento dos custos operacionais e pela redução da demanda nas rotas internacionais.
Privatização parcial em andamento
O governo moçambicano está preparando a privatização parcial da LAM, com a venda de 91% da companhia para três empresas majoritariamente controladas pelo Estado: os Caminhos de Ferro de Moçambique, a Empresa Moçambicana de Seguros e a Hidroelétrica de Cahora Bassa. O objetivo é garantir a sustentabilidade financeira da empresa e reverter o cenário de prejuízos.
A medida de suspensão das rotas internacionais e regionais é vista como um passo necessário para reequilibrar as finanças da companhia, enquanto o processo de privatização avança.
