Inflação sobe 1,45% em janeiro, impulsionada por alimentos e bebidas
Os preços em Moçambique registaram um aumento mensal de 1,45% em janeiro de 2025, com as províncias de Inhambane e a cidade de Xai-Xai a liderarem a subida, com 3,04% e 2,13%, respetivamente.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no seu mais recente relatório sobre a evolução do Índice de Preços no Consumidor (IPC), com base na análise de oito cidades do país.
Alimentos impulsionam alta da inflação
Segundo o relatório, a inflação de janeiro foi influenciada principalmente pelo aumento dos preços na categoria de alimentação e bebidas não alcoólicas, que contribuiu com 1,16% para a variação mensal. Entre os produtos que mais encareceram estão o carapau (10%), tomate (11,7%), couve (15,2%), coco (23,4%) e alface (28,4%).
Apesar da tendência de alta, alguns produtos registaram quedas nos preços, ajudando a atenuar o aumento da inflação. A cerveja, o peixe fresco, a galinha viva e a cebola tiveram reduções, impactando negativamente em 0,13% na variação total dos preços.
Cidades com maior e menor variação de preços
O estudo do INE analisou a inflação em Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-Xai e Inhambane. Entre essas localidades, Inhambane teve a maior alta nos preços (3,04%), seguida de Xai-Xai (2,13%), Tete (2,09%), Maputo (1,50%), Quelimane (1,23%) e Chimoio (1,20%). Já Nampula (0,86%) e Beira (0,85%) registaram os menores aumentos.
“Todas as cidades analisadas registaram um aumento de preços em janeiro”, destacou o INE no relatório.
Inflação anual sobe 4,69%
Comparando com janeiro de 2024, a inflação anual também apresentou uma subida considerável. O relatório indica que o país registou um aumento geral de preços de 4,69% nos últimos 12 meses.
A categoria de alimentação e bebidas não alcoólicas teve um aumento expressivo de 12,04%, enquanto o setor de restaurantes, hotéis, cafés e similares registou uma alta de 5,07%.
A nível das cidades, Xai-Xai registou o maior aumento anual (5,97%), seguida por Tete (5,80%), Inhambane (5,56%), Quelimane (4,47%), Maputo (4,45%), Nampula (4,40%), Chimoio (4,36%) e Beira (4,17%).
