"Frelimo afundou a LAM e agora vende 91% das ações para esconder a verdade", diz Venâncio Mondlane

O político moçambicano Venâncio Mondlane, ex-candidato presidencial e autoproclamado "presidente eleito pelo povo", criticou duramente o governo durante uma transmissão ao vivo na noite de 6 de fevereiro.

Frelimo afundou a LAM e agora vende 91% das ações para esconder a verdade", diz Venâncio Mondlane

Mondlane acusou a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) de ter conduzido as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) à falência e, agora, tentar esconder irregularidades através da venda de 91% das ações do Estado. Segundo ele, a medida visa evitar uma auditoria internacional que poderia expor má gestão e corrupção na companhia aérea.

A decisão do governo, liderado pelo Presidente da República, Daniel Chapo, permite que empresas estatais como a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB, S.A.), os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM, E.P.) e a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE, S.A.) adquiram a participação do Estado na LAM. O valor estimado da transação é de 130 milhões de dólares, que seriam destinados à aquisição de novas aeronaves e à reestruturação da empresa.

No entanto, Mondlane questiona a real intenção por trás da operação. "Se houvesse um processo aberto a investidores estrangeiros, a LAM teria que apresentar contas auditadas segundo padrões internacionais, o que revelaria todas as fraudes cometidas", afirmou.

Para ele, a venda para empresas estatais é uma manobra para manter o controle da companhia dentro da esfera política da FRELIMO. "Foram eles que destruíram a LAM, e agora são eles mesmos que estão comprando. No final, nada muda", criticou Mondlane, acrescentando que a medida compromete a confiança dos investidores internacionais.

O político alertou que a transação não resolve os problemas estruturais da LAM e que a falta de transparência na gestão pública continuará prejudicando o país. "Não se trata apenas de vender ações, mas de garantir uma administração responsável que proteja os interesses dos moçambicanos", concluiu.
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