Chang será deportado para Moçambique após cumprir 30 meses de prisão nos EUA
Dívidas Ocultas
O antigo ministro das Finanças de Moçambique, Manuel Chang, apontou como o principal cérebro por detrás das dívidas ocultas, foi condenado pela justiça norte-americana a oito anos de prisão. O caso é considerado o maior escândalo de corrupção na história do país. No entanto, Chang será libertado após cumprir 30 meses, devido aos seis anos que passaram detido enquanto aguardava julgamento, e em seguida, será deportado para Moçambique.
A sentença de oito anos foi decidida após um júri no tribunal de Brooklyn, em Nova Iorque, concluiu, após quatro semanas de julgamento, que Chang foi acusado de crimes de fraude eletrónica e conspiração para lavagem de dinheiro relacionados com a contratação das dívidas ocultas.
Ao emitir a sentença, o juiz federal Nicholas Garaufis recomendou que a pena fosse reduzida para 30 meses, considerando o longo período em que o réu ficou sob custódia antes do julgamento. Depois de cumprir a pena nos Estados Unidos, Chang será enviado de volta a Moçambique.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique já havia afirmado anteriormente que a única jurisdição adequada para julgar Manuel Chang é um moçambicana, argumentando que, na sua qualidade de ministro das Finanças, ele prejudicava o Estado e o povo moçambicano.
"Reiteramos que a única jurisdição competente para julgar Manuel Chang é a Jurisdição Moçambicana, uma vez que os factos ocorreram no nosso país, o Lesado é o Estado e o povo moçambicano, e é necessário ressarcir os prejuízos causados. Continuaremos com os processos instaurados contra Manuel Chang até à sua conclusão, utilizando todos os mecanismos legais disponíveis. Atualmente, há um processo-crime em curso, com acusação deduzida pelo Ministério Público e pronúncia emitida pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo", afirmou. hum PGR.
