A Tragédia Silenciosa de Moçambique: O Preço da Inteligência em um País onde o Saber é Perseguido
A Tragédia do Saber
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| Foto: Mz2hH Notícias |
Em Moçambique, a dor de saber é ignorada, o sofrimento do povo é esquecido, e os heróis do conhecimento são silenciados, enquanto os ignorantes ascendem ao poder e celebram as conquistas dos desinformados. Até quando?
Em Moçambique, o preço de ser inteligente é muito alto. Em um país onde aqueles que buscam conhecimento, educação e competência são sistematicamente perseguidos, silenciados e até mortos, a tragédia do saber é a realidade diária de muitos cidadãos. Não há lugar para os que sabem. Eles são apagados, calados a tiros, enquanto os que pouco ou nada sabem encontram caminhos abertos e são exaltados, celebrados e colocados em posições de liderança.
Os corajosos que desafiam o status quo com suas ideias, que questionam os sistemas viciados e corruptos, são os mais vulneráveis. É a inteligência que paga o maior preço. No entanto, os ignorantes, aqueles que mal sabem fazer contas, são aplaudidos e colocados em cargos de grande influência e responsabilidade. A inteligência não é apenas desvalorizada, mas se tornou um risco fatal para aqueles que ousam exibi-la.
No entanto, o maior sofrimento do povo moçambicano não reside apenas na morte física de suas mentes brilhantes, mas na condição de viver em um país onde os filhos, os jovens, são condenados a uma vida de pobreza extrema, sem perspectivas de um futuro melhor. Famílias inteiras passam fome, enquanto aqueles que controlam as finanças do país, em suas torres de marfim, se alimentam das riquezas acumuladas à custa da miséria de tantos.
A cada ano, os salários são irregulares, os empregos são escassos, e o povo é esmagado pela desigualdade. No coração do país, os mais necessitados enfrentam uma luta diária para sobreviver, enquanto aqueles que não trabalham, que não merecem, recebem benefícios imensuráveis. É um sistema onde a meritocracia não existe, e onde quem mais deveria ser reconhecido e valorizado, aquele que trabalha e contribui para o crescimento do país, é esquecido e negligenciado.
No fim, a mensagem é clara: em Moçambique, quem sabe mais, sofre mais. Quem questiona, morre. O conhecimento é um fardo, e a ignorância é uma benção. Mas, por quanto tempo isso continuará?
Esta é a reflexão que deve nos acompanhar a cada dia, a cada respiração, a cada passo em direção ao futuro. Até quando vamos permitir que nossa nação sofra, que o potencial de nosso povo seja destruído, que o sofrimento e a desigualdade sejam a nossa única realidade? Até quando o preço da inteligência será a morte, e a ignorância será celebrada como virtude?
