Albano Carige: Sou alvo a abater antes do CC anunciar os Resultados
Albano Carige denuncia ameaça de morte antes do anúncio de resultados eleitorais pelo Conselho Constitucional
O edil da cidade da Beira, Albano Carige, denunciou neste final de semana (21/12) que enfrenta ameaças de morte, alegadamente como parte de um esquema para o silenciar antes da divulgação dos resultados eleitorais de 9 de outubro pelo Conselho Constitucional, marcada para segunda-feira, 23/12. A denúncia foi feita por meio das redes sociais do político, trazendo à tona tensões no cenário político moçambicano.
Segundo Carige, a perseguição está relacionada ao seu apoio ao candidato presidencial do partido PODEMOS, Venâncio Mondlane, que lidera as manifestações contra os resultados anunciados pela CNE. "Estão a preparar o assassinato de Albano Carige, para ocorrer entre sábado e domingo, antes do anúncio dos resultados. Isso porque sou apoiante e assessor de Venâncio Mondlane", afirmou.
Envolvimento de forças policiais no suposto esquema
Albano Carige revelou ainda que forças de segurança, como agentes do SERNIC e da UIR, estão envolvidos no suposto plano de assassinato. De acordo com o edil, a equipe seria composta por membros da esquadra local, policiais do comando provincial e outros agentes conhecidos por envolvimento em sequestros e assassinatos. "Esses agentes vêm de Inhamízua, Macurungo, Manga e outras regiões da província de Sofala", detalhou.
Apelo à continuidade da luta
Em caso de sua morte, Albano Carige deixou uma mensagem de encorajamento aos moçambicanos, especialmente aos cidadãos da Beira, pedindo que continuem a luta pela libertação do país. "O desaparecimento do vosso filho não deve ser o fim. Deve marcar a continuidade desta luta por um Moçambique para todos", declarou.
Críticas ao governo
As denúncias surgem poucos dias após Carige criticar abertamente a atuação do Presidente da República, Filipe Nyusi, e da presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro. As críticas foram direcionadas ao clima político tenso que prevalece no país.
A situação aumenta as preocupações sobre a segurança de figuras públicas e o futuro do processo democrático em Moçambique.
