ONU vai financiar introdução da pulseira eletrónica em Moçambique
Maputo, 27 de Outubro de 2025
As Nações Unidas anunciaram o financiamento de um novo projeto destinado à introdução da pulseira eletrónica em Moçambique, uma medida inovadora que visa reforçar o sistema de justiça criminal e reduzir a superlotação nas cadeias do país.
O programa, avaliado em cerca de 12 milhões de dólares, será implementado em parceria com o Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos e tem como objetivo monitorar reclusos em regime de liberdade condicional, prisão domiciliária e outros casos de vigilância judicial.
De acordo com o representante da ONU em Moçambique, Maria Fernanda Lopes, a iniciativa “vai modernizar o sistema de acompanhamento de detidos, permitindo uma gestão mais humana e eficiente da justiça, além de aliviar a pressão sobre as prisões”.
As pulseiras eletrónicas serão equipadas com tecnologia de geolocalização (GPS) e permitirão às autoridades acompanhar, em tempo real, a localização dos indivíduos sob vigilância. O projeto-piloto será iniciado nas cidades de Maputo, Beira e Nampula, com possibilidade de expansão para todo o território nacional até 2027.
O governo moçambicano saudou a medida, destacando que a introdução desta tecnologia representa “um passo importante rumo à digitalização da justiça e à promoção dos direitos humanos”, segundo afirmou o porta-voz do ministério, João Matola.
A ONU sublinha ainda que o projeto faz parte do seu programa de apoio à reforma da justiça e segurança em África, que busca soluções tecnológicas para fortalecer a transparência e reduzir as taxas de reincidência criminal.

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