IMAGINE: Se vendêssemos o país o que aconteceria

 


Uma discussão hipotética tem ganhado atenção nas redes sociais: “E se Moçambique fosse vendido?” — uma ideia provocadora que levanta sérias reflexões sobre soberania, identidade nacional e dignidade humana.

De acordo com analistas políticos, a suposta “venda” de um país é impossível do ponto de vista legal e ético, mas serve como exercício de reflexão sobre o valor da independência e da soberania conquistada em 1975. “Um Estado não é uma empresa que se vende. É uma comunidade de pessoas com história, cultura e direitos”, explicou o jurista Celso Manjate.

Os especialistas advertem que, num cenário hipotético, a venda do território nacional significaria o fim do Estado moçambicano. O país deixaria de ter governo, bandeira, fronteiras e autonomia política. “Seria o regresso à submissão colonial, num formato moderno”, acrescentou Manjate.

A nível social, as consequências seriam devastadoras. Milhões de moçambicanos perderiam a nacionalidade, os direitos civis e o acesso a serviços públicos básicos, como saúde e educação. “Seríamos estrangeiros na nossa própria terra”, lamentou a socióloga Ana Zavale, destacando que tal situação transformaria o povo em mera força de trabalho sem pátria.

A comunidade internacional também não reconheceria uma transação desse tipo. A ONU e a União Africana classificariam o ato como violação grave do direito internacional, provocando protestos e possíveis sanções contra qualquer entidade envolvida.

No campo económico, Moçambique perderia o controlo total sobre os seus recursos naturais, desde o gás de Cabo Delgado até as riquezas agrícolas e florestais. Todo o património nacional passaria para mãos estrangeiras.

No final, a mensagem que emerge desse debate é clara: um país não se vende, defende-se. A independência, conquistada com sacrifício, é um bem inestimável que nenhuma quantia de dinheiro pode comprar.

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