Violência no leste do Congo: ataque em comício do M23 mata 11 pessoas
Explosões em Comício do M23 na RD Congo Deixam 11 Mortos e 65 Feridos
Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 65 ficaram feridas após uma série de explosões atingirem um comício do Movimento 23 de Março (M23) no leste da República Democrática do Congo.
O presidente congolês, Félix Tshisekedi, classificou o ocorrido como um "ato de terrorismo".
Corneille Nangaa, líder da Aliança do Rio Congo (AFC), coalizão que inclui o M23, confirmou o número de vítimas e afirmou que "as verificações ainda estão em andamento". Segundo ele, "o autor do atentado está entre os mortos". Ele também informou que seis dos feridos estão em estado grave e passam por tratamento cirúrgico.
O ataque aconteceu durante uma reunião entre líderes do M23 e a população na região central de Bukavu, capital da província de Kivu do Sul. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram pessoas fugindo em pânico e corpos caídos no local.
Os líderes do M23 responsabilizam o governo congolês pelo atentado, enquanto Tshisekedi repudiou o que chamou de "ato terrorista abominável" em uma publicação na rede social X. Em comunicado, a AFC acusou Kinshasa de executar "um plano de extermínio da população civil".
O presidente, por sua vez, afirmou que o ataque foi realizado por "um exército estrangeiro que está ilegalmente em solo congolês".
Nos últimos meses, o M23, grupo apoiado pelo Ruanda, conquistou duas cidades estratégicas no leste do país — Goma e Bukavu — em um curto período de três semanas. A região é rica em minerais como ouro e coltan, este último essencial para a fabricação de componentes eletrônicos usados em laptops e smartphones.
