Envolvimento de Chefe do DOP e Reclusos no Assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe

Envolvimento de Chefe do DOP e Reclusos no Assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe.


O Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) formalizou uma denúncia junto à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Roque Xavier, chefe do Departamento de Operações Penitenciárias (DOP) da Cadeia de Máxima Segurança (BO), e os reclusos Julião Ruben Munguambe e Edson Cassiano Lacerda Sílica, suspeitos de participação no homicídio brutal de Elvino Dias, advogado e assessor político de Venâncio Mondlane, e Paulo Guambe, representante do partido PODEMOS, ocorrido em 19 de outubro de 2024.

Saída Irregular e Manipulação de Registros

De acordo com o CDD, em 16 de outubro de 2024, por ordens de Roque Xavier, os dois reclusos foram retirados da prisão sem escolta oficial, sob o pretexto de realizar atividades agrícolas em Moamba, permanecendo fora por três dias, em violação da legislação que proíbe a permanência externa sem supervisão. Em 21 de outubro de 2024, o chefe do DOP teria ordenado a exclusão dos registros que comprovavam essas saídas, numa aparente tentativa de ocultar irregularidades.

Assassinato Planejado com Violência Extrema

Na madrugada de 19 de outubro de 2024, Dias e Guambe foram alvejados com 25 tiros disparados à queima-roupa. O crime, caracterizado por extrema violência, levanta suspeitas sobre o envolvimento direto dos reclusos, ambos com antecedentes criminais graves. Sílica, um dos apontados, também está ligada ao homicídio do ativista Anastácio Matavel, em 2019.

Má Gestão e Acusações Contra Roque Xavier

A denúncia do CDD associa as ações de Roque Xavier a falhas graves na gestão penitenciária e possíveis consequências que comprometam o Estado de Direito. Há relatos de sua ligação com o aluguel de armas para atividades ilícitas em várias regiões do país, sem que medidas corretivas tenham sido tomadas.

Apelo por Justiça e Reformas

O CDD exige investigações independentes e rigorosas para os envolvidos, além de reformas estruturais para prevenir abusos de poder e corrupção no sistema penitenciário. A instituição também solicita proteção às testemunhas do caso, garantindo sua segurança e integridade.

A denúncia destaca a necessidade de respostas firmes das autoridades, reafirmando que a justiça deve ser aplicada sem distinções para restaurar a confiança pública no sistema de segurança e direitos humanos.
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