Daniel Chapo descarta imposição de medidas exigidas por Venâncio Mondlane
Presidente rejeita prazos impostos por Venâncio Mondlane
O Presidente recém-empossado de Moçambique, Daniel Chapo, afirmou em entrevista à CNN Portugal, neste domingo, que a implementação das políticas do novo governo não obedecerá a prazos impostos por Venâncio Mondlane, antigo candidato presidencial.
Na sexta-feira anterior, Mondlane apresentou uma lista de 25 medidas que, segundo ele, as autoridades moçambicanas deveriam adotar nos próximos três meses. Entre essas exigências estão o fim do que chamou de "genocídio silencioso", a libertação de manifestantes presos após os protestos eleitorais e a eliminação de cobranças ilegais na administração pública. Mondlane advertiu que, caso suas demandas não sejam atendidas, irá intensificar as manifestações nas ruas.
Chapo revelou que ainda não houve diálogo entre as partes, mas declarou-se "sempre aberto ao diálogo". Ele classificou algumas das propostas como "interessantes", mas criticou duramente uma delas, mencionando: "Uma das medidas propõe que, se um moçambicano morrer, um polícia também deve morrer. A população estaria orientada para matar polícias. Isso faz algum sentido para alguém com inteligência média?", questionou o presidente.
