Após Boicote no Parlamento Renamo e MDM Assumem Cargos nas Assembleias Provinciais

Os partidos Renamo e MDM surpreenderam ao participar das cerimônias de investidura nas Assembleias Provinciais no dia 20 de janeiro.

Após Boicote no Parlamento Renamo e MDM Assumem Cargos nas Assembleias Provinciais


Após recusarem a tomada de posse para a X Legislatura da Assembleia da República em protesto contra os resultados das eleições gerais de 2024, os partidos Renamo e MDM surpreenderam ao participar das cerimônias de investidura nas Assembleias Provinciais no dia 20 de janeiro. A atitude marca uma reviravolta na postura adotada anteriormente, quando ambos se ausentaram do Parlamento alegando fraude eleitoral e desrespeito à vontade popular.

A decisão de boicotar a cerimônia nacional foi amplamente justificada pelos dois partidos. O porta-voz da Renamo afirmou que um grupo parlamentar não possuía legitimidade, acusando o Conselho Constitucional de validar resultados fraudulentos. Da mesma forma, o MDM, através do seu porta-voz Ismael Nhacucue, afirmou estar “alinhado com o povo” na luta por justiça eleitoral e, por isso, optou por não participar da cerimônia.

Apesar disso, a expectativa de que a mesma atitude seria mantida nas Assembleias Provinciais foi frustrada. Deputados de ambos os partidos tomaram posse nas dez províncias, sob críticas de incoerência política. Ivandro Massingue, porta-voz do PODEMOS, chegou a classificar a atitude como “entrar pela porta dos fundos”, referindo-se aos adversários como “covardes” e “ratos”.

Em Maputo, António Muchanga, figura de destaque da Renamo, foi um dos empossados. A conferência foi presidida pelo ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, que destacou a importância das assembleias provinciais no fortalecimento da democracia e no monitoramento do cumprimento da Constituição.

Matlombe também frisou as responsabilidades acrescidas dos deputados no contexto da governação descentralizada, que inclui a aprovação de programas quinquenais, planos de desenvolvimento e orçamentos provinciais.

O capítulo levanta questões sobre as estratégias políticas de oposição, que agora enfrentam o desafio de prescrição da sua participação nas assembleias locais após rejeitar o Parlamento nacional.
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