Violência pós-eleitoral em Moçambique resulta em 21 mortos em 24 horas
Protestos pós-eleitorais em Moçambique: 21 mortos e caos generalizado em 24 horas
Em apenas 24 horas, episódios de violência em Moçambique deixaram 21 mortos, com ataques direcionados a delegacias, prisões e infraestruturas críticas, conforme informou o ministro do Interior, Pascoal Ronda. O governo intensificou medidas de segurança para conter a situação.
De acordo com o ministro, ocorreram 236 atos de violência grave durante protestos contra os resultados eleitorais, incluindo o incêndio de 25 veículos, 11 delegacias, uma prisão – de onde 86 presos foram libertados –, além de quatro portagens e três unidades de saúde vandalizadas. Dez sedes do partido FRELIMO também foram incendiadas. Entre os mortos, estão dois membros da polícia, e há 25 feridos, sendo 13 civis. Até o momento, 78 pessoas foram detidas.
O caos se instalou após o anúncio da vitória de Daniel Chapo, candidato da FRELIMO, na eleição presidencial, com 65,17% dos votos. Grupos armados têm atacado forças policiais e infraestruturas, levando o governo a suspeitar de ações terroristas semelhantes às insurgências em Cabo Delgado.
O ministro Pascoal Ronda destacou que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) intensificarão sua presença em pontos estratégicos. Ele também condenou os atos, classificando-os como terrorismo urbano, e apelou à calma e à resolução pacífica das divergências.
A onda de protestos, liderada por Venâncio Mondlane, que contesta os resultados eleitorais, provocou destruição em grande escala, incluindo saques e ataques a bancos, escolas, tribunais e empresas. O governo reforçou a necessidade de restabelecer a ordem e responsabilizar os autores dos atos de violência dentro dos limites da lei.
