Venâncio Mondlane exige provas de que não é alvo de mandado de captura
Venâncio Mondlane desafia a PGR e mantém pressão contra os resultados eleitorais em Moçambique
O candidato presidencial apoiado pelo partido PODEMOS, Venâncio Mondlane, pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique informações claras e documentadas sobre eventuais acusações ou mandados de captura emitidos contra ele. A solicitação foi apresentada através da sua representante legal, Judite Mahoche Simão, que desafiou a PGR a apresentar provas formais de que não há qualquer ordem de prisão contra o candidato.
A iniciativa surge em resposta a informações recentes que sugerem que Mondlane não seria procurado pelas autoridades. Entretanto, essa declaração gerou desconfiança em alguns setores da sociedade, levantando a possibilidade de uma estratégia para sua eventual detenção.
Na última quinta-feira (12.12), Adelino Muchanga, Presidente do Tribunal Supremo, afirmou publicamente que não há registro de mandados de captura contra Mondlane. Mesmo assim, o candidato insiste em obter confirmação oficial.
Mondlane tem sido uma figura central nas manifestações e paralisações que ocorrem em Moçambique desde 21 de outubro, motivadas pela contestação aos resultados das eleições gerais realizadas em 9 de outubro. De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), Daniel Chapo, apoiado pela FRELIMO, venceu o pleito com 70,67% dos votos, enquanto Mondlane obteve 20,32%.
O candidato, que não reconhece os resultados, continua a mobilizar seus apoiadores. Em uma transmissão ao vivo recente nas redes sociais, prometeu estar em Maputo no dia 15 de janeiro, data prevista para a posse do novo Presidente da República, declarando que ele próprio assumirá o cargo.
