Incertezas cercam a transição de poder marcada para janeiro
Moçambique enfrenta desafios na transição de poder prevista para janeiro
A crise pós-eleitoral em Moçambique, marcada por protestos contra suposta fraude eleitoral, levanta preocupações sobre a transição de poder em janeiro. Apesar de análises divergentes, o cenário é agravado por manifestações violentas, saques e a recente fuga de mais de 1.500 presos perigosos.
Transição de poder: cenários e incertezas
Enquanto analistas como Sebastião Cossa acreditam que a transição será turbulenta, Egídio Vaz projeta uma mudança tranquila, argumentando que os protestos estão se esgotando devido à insustentabilidade das ações.
Segundo Cossa, a ausência de declarações do Presidente eleito, Daniel Chapo, após a morte de mais de 100 pessoas em um único dia de manifestações, indica que a transição não será pacífica. Por outro lado, Vaz acredita que os cidadãos estão reconhecendo os limites dos tumultos.
Chamados ao diálogo
Analistas como Fernando Lima e Dércio Alfazema destacam a importância do diálogo para garantir uma transição segura. Lima alerta que, embora a posse de Chapo possa ocorrer, é essencial que isso seja acompanhado pelo fim da violência e pela criação de uma visão futura para o país. Alfazema reforça que o diálogo deve permear todo o mandato para abordar as questões pendentes em Moçambique.
Dados alarmantes
Entre 21 de outubro e 26 de dezembro, 252 pessoas morreram em manifestações, 125 delas apenas entre 23 e 26 de dezembro. Além disso, 4.175 pessoas foram detidas e 569 baleadas, segundo a Plataforma Eleitoral Decide.
Contexto político
As eleições gerais de 9 de outubro confirmaram a vitória da Frelimo em todas as frentes, segundo a Comissão Nacional de Eleições e o Conselho Constitucional.
Perspectivas para janeiro
Com um cenário marcado por tensões, violência e desafios logísticos, a transição de poder em Moçambique permanece incerta. Os apelos por paz e diálogo continuam sendo fundamentais para superar este momento crítico.
