Governo garante abastecimento de combustível para os próximos três meses, apesar da crise
Desde o início dos protestos pós-eleitorais em Moçambique, pelo menos 100 postos de combustível foram vandalizados. Apesar disso, o governo assegura que há reservas suficientes para atender à demanda do país pelos próximos três meses.
De acordo com Moisés Paulino, diretor nacional de hidrocarbonetos, a escassez observada em vários postos se deve a dificuldades na distribuição de combustível dos terminais oceânicos para os pontos de abastecimento, e não à falta do produto.
“Estamos a restabelecer o abastecimento em várias regiões, incluindo Maputo, Matola e Xai-Xai. Em Pemba, estamos finalizando o descarregamento de um navio. Gradualmente, o transporte está sendo normalizado, com o apoio das Forças de Defesa e Segurança”, afirmou Paulino.
A crise de combustíveis surge em meio a tensões sociais após a divulgação dos resultados das eleições gerais, que confirmaram a vitória da FRELIMO e do candidato Daniel Chapo. As manifestações levaram ao fechamento de muitos postos e à formação de longas filas nos poucos que permaneceram operando.
Segundo Paulino, o vandalismo de postos levou o setor privado a adotar restrições no funcionamento. Apesar disso, a Associação Moçambicana de Petróleos (Amepetrol) informou que o país dispõe de combustível suficiente para 23 dias, além de novos carregamentos já programados.
A Amepetrol também apelou ao fim do vandalismo, destacando a importância de preservar a infraestrutura para garantir o abastecimento à população.
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