Central Térmica de Temane adia início de operação para 2025

Central Térmica de Temane

Central Térmica de Temane adia início de operação para 2025


A construção da Central Térmica de Temane (CTT), localizada na província de Inhambane, Moçambique, com capacidade instalada de 450 megawatts, enfrentou atrasos devido aos impactos causados pelos ciclones Freddy e Filipo. Esses eventos climáticos resultaram no adiamento do comissionamento da central, inicialmente previsto para 2024, com a operação agora esperada para o segundo trimestre de 2025.

Em maio deste ano, Samir Salé, diretor de Desenvolvimento e Negócios da Globeleq, empresa responsável pelo projeto avaliado em 650 milhões de dólares, informou que o progresso das obras havia atingido 75%. Apesar dos atrasos provocados pelos ciclones, Salé afirmou que os trabalhos estavam em ritmo acelerado para mitigar os impactos e recuperar o tempo perdido.

O ciclone Freddy, que ocorreu no ano passado, e a Depressão Tropical Filipo, no início deste ano, causaram inundações no local das obras. No entanto, esforços foram redobrados para garantir que o projeto fosse concluído dentro do prazo atualizado.

Segundo o planejamento inicial, a fase de comissionamento e testes deveria ocorrer no terceiro trimestre de 2024, possibilitando o início da operação plena entre o final de 2024 e o início de 2025. Contudo, os impactos dos desastres naturais resultaram no ajuste do cronograma.

Durante as declarações feitas em maio, Salé destacou: “Apesar dos desafios enfrentados pelos ciclones, estamos a trabalhar com o nosso empreiteiro e a Electricidade de Moçambique para minimizar os atrasos e avançar o mais rápido possível.”

As obras concentram-se atualmente na integração mecânica e elétrica das turbinas a gás e a vapor, preparando-se para as fases de testes mecânicos e de ciclos de vapor.

A Central Térmica de Temane, considerada pelo presidente moçambicano Filipe Nyusi como o maior projeto de geração de energia desde a independência do país, inclui também uma linha de transmissão com mais de 500 quilômetros. Esta infraestrutura tem o potencial de beneficiar cerca de 1,5 milhões de famílias, alinhando-se ao Programa de Acesso Universal à Energia, com metas estabelecidas até 2030.

Trata-se do primeiro projeto de geração de energia a gás em grande escala no país, promovendo a produção de energia limpa e contribuindo para a Estratégia de Transição Energética de Moçambique.

A estrutura acionária da CTT é composta pela Mozambique Power Invest (MPI), que detém 85% das ações, e pela Sasol África, com 15%. A MPI, por sua vez, é controlada pela Globeleq (76%) e pela EDM (24%).
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